sábado, 21 de janeiro de 2012

Histórias repetidas em Juizes




Déjá-vu do massacre e o traidor recompensado

Em Juízes 1:23-25, encontramos a história do massacre de Betel em que um traidor é recompensado por traír o seu próprio povo, beneficiando os hebreus.
Juízes 1:23-25 E a casa de José fez espiar a Betel (e fora outrora o nome desta cidade Luz); e, vendo os espias a um homem que saía da cidade, disseram-lhe: Mostra-nos a entrada da cidade, e usaremos de bondade para contigo. Mostrou-lhes, pois, a entrada da cidade, a qual eles feriram ao fio da espada; porém deixaram livre aquele homem e toda a sua família.

Os mesmos ingredientes encontramos em Josué 6, na história do massacre de Jericó, em que os hebreus servem-se de uma traidora de Jericó, que é uma prostituta chamada Raabe. A prostituta e a família são poupadas ao massacre.

É desconcertante saber que, ainda hoje, os seguidores destas doutrinas aceitam de bom grado estas narrativas onde traidores que facilitam o genocídio do seu próprio povo são vistos como exemplos positivos.


Déjá-vu da turba de homossexuais

Em Juízes, capítulo 19, encontramos mais uma história muito parecida com outra já nossa conhecida.
Resumo de Juízes 19
Em certa cidade, um homem acolhe em sua casa um viajante, a sua concubina e o seu criado. Enquanto jantavam juntou-se, à volta da casa, uma turba de homossexuais que exigiam a entrega do visitante para “o conhecerem”. O dono da casa, para poupar o seu hóspede à humilhação, oferece à turba impetuosa a sua filha virgem bem como a concubina do visitante. Como os homens não queriam aceitar, o visitante apressou-se em empurrar lá para fora a sua concubina....

Esta história desenrola-se com personagens anónimas mas é absolutamente semelhante ao episódio de “Lot e a turba de homossexuais” que encontramos em Génesis 19 (ver Lot e a Turba de Homossexuais).

Mais uma vez, histórias semelhantes, com protagonistas diferentes levam-nos a concluir que estes conteúdos foram reutilizados e que não têm nenhum significado histórico.

O desfecho do episódio tem uma ténue ligação com a mitologia egípcia. Em Juízes, a concubina é cruelmente violentada e deixada morta à porta da casa. Vejamos o fim do capítulo 19 de Juízes:
Juízes 19:29-30
Quando chegou, apanhou uma faca e cortou o corpo da sua concubina em doze partes, e as enviou a todas as regiões de Israel. Todos os que viram isso disseram: “Nunca se viu nem se fez uma coisa dessas desde o dia em que os israelitas saíram do Egito. Pensem! Reflitam! Digam o que se deve fazer!”

Conta a lenda que Osíris, o deus solar dos egípcios, foi morto por seu irmão Seth, o qual dividiu o corpo em pedaços e os espalhou pelo mundo afora...

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