Os judeus do primeiro século
Algumas seitas, grupos ou partidos de judeus são referidos
no Novo Testamento ou por cronistas
do primeiro século:
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os
saduceus eram os mais ortodoxos, exigindo o cumprimento rigoroso da Lei Escrita (tudo o que estava escrito na Torah, por
exemplo, o olho-por-olho, dente-por-dente...) e não criam em inovações como a
imortalidade da alma ou a ressurreição; os saduceus eram defensores da classe
sacerdotal hereditária, ou seja, defendiam que o cargo de sumo-sacerdote
passasse de pai para filho e que o sumo-sacerdote acumulasse o poder
administrativo como no tempo dos Asmoneus;
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os
fariseus faziam uma interpretação da Lei Escrita moderada por uma Tradição Oral (mais tarde essa tradição oral foi registada no Talmude); criam na ressurreição e
grande parte da sua filosofia deu origem à cultura rabínica; o seu sistema de
crenças era de tal modo semelhante aos propagados por Jesus nos evangelhos, que
as frequentes discussões entre este e os fariseus parecem absurdas;
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os
zelotes formavam um partido político que pretendia guerra aberta contra a
ocupação romana ou contra qualquer forma de governo que considerassem subserviente
dos romanos; em 66 EC fomentaram a Grande Revolta Judaica; segundo Flávio
Josefo este grupo foi originado por Judas da Galiléia, que promoveu uma significativa
revolta contra os romanos em 6 EC;
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os
essénios, que se centravam em comunidades fechadas em que os membros abdicavam
das suas propriedades privadas, entregando-as ao grupo; as suas crenças
incluíam a imortalidade da alma.
Idioma
O idioma mais popular entre os judeus da Palestina do
primeiro século era, desde a invasão assíria do século VIII AEC, o aramaico. Os
autores dos evangelhos do Novo Testamento
fizeram a transliteração em grego de palavras e pequenas frases supostamente
articuladas por Jesus em aramaico.
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