A decadência da Assíria
No Egipto, Psamtik (Psameticus) I recupera todo o território egípcio em 654
a.C., dando início ao período de decadência da Assíria.
No reino de Judá, Josias sobe ao trono em 640 a.C.. Durante o
seu reinado, assiste a um enfraquecimento da Assíria que aproveita para
estender o seu domínio para territórios da antiga Israel.
O rei Assurbanipal, o último grande rei assírio, reinou durante cerca de quarenta anos (668 a 628 a.C.) e assistiu praticamente ao desmoronar de séculos da forte presença assíria no médio-oriente.
Na Assíria, a partir de 628 a.C., guerras de sucessão ao trono enfraquecem o império. Por outro lado, os babilónios aliam-se aos medos para resistir aos assírios.
Os caldeus recriam a Babilónia
Na Babilónia, o rei caldeu Nabopolassar toma o poder aos
assírios a partir de 628 a.C. Em 612 a.C. destrói Nínive, a capital da Assíria.
A corte assíria muda-se primeiro para Harã e depois, em 610 a.C., para Carquemish.
Em 609 a.C., o faraó Necau II do Egipto, receando o
aparecimento de um novo império poderoso na região, decide enviar o seu
exército para apoiar o que restava do império assírio de modo a resistir ao
crescente império caldeu/babilónico. Para ir em auxílio dos assírios, Necau necessitava atravessar Judá com o seu exército mas Josias não concordou e partiu para a guerra ao encontro do exército egípcio em Megido (2 Reis 23:29; 2 Cronicas 35:20–24). Josias morreu nessa batalha.
Nos anos seguintes, três filhos e um neto de Josias foram os
últimos reis de Judá, começando com Jeoacaz (nascido com o nome Shallum) em 609
a.C..
Jeoacaz, apesar de não ser o mais velho dos filhos de Josias, era
o que mais apoiantes tinha nas cortes judaicas e foi escolhido para suceder ao
seu pai no trono de Judá.
Entretanto os egípcios tentam, sem sucesso, auxiliar os assírios e libertar Harã
dos babilónios. Necau, ao voltar para o Egipto, passou por Jerusalém para depôr
Jeoacaz, levando-o cativo para o Egipto, e colocar Jeoiaquim, o irmão mais
velho, no trono. Jeoiaquim ficou, assim, tributário do Egipto.
Os assírios ficaram, finalmente, encurralados em Carquemish
e os egípcios foram, mais uma vez, em seu auxílio. Os babilónios derrotaram os
egípcios e os assírios na batalha de Carquemish, em 605 a.C., abrindo caminho
para Nabucodonosor II, filho de Nabopolassar, criar um império.
Em 605 a.C. Nabucodonosor cercou Jerusalém para obrigar
Jeioaqum a pagar-lhe tributo. Jeoiaquim passou de vassalo do Egipto para
vassalo da Babilónia.
Nabucodonosor teve, posteriormente, grandes perdas em
batalhas contra o Egipto. Em 601 a.C.. Jeoiaquim, observando o enfraquecimento
da Babilónia, recusou-se a pagar o tributo, buscando apoio nos egípcios, o que
resultou num cerco ainda mais violento a Jerusalém por parte de Nabucodonosor.
Durante este cerco, em 598 a.C., Jeoiaquim morre e sucede-lhe o seu filho
Jeconias. Entretanto, em 597 a.C., os babilónios entram em Jerusalém e deportam
o rei Jeconias e parte da população (10.000 pessoas) para a Babilónia (2 Reis
24).
No trono de Judá ficaria Zedequias, filho de Josias e tio de
Jeconias, da confiança de Nabucodonosor.
Por volta de 589 a.C., Zedequias alia-se aos egípcios e
recusa pagar o tributo a Babilónia. Em resposta, Nabucodonosor cerca novamente
Jerusalém, durante um ano e meio, e, em 587 a.C., irrompe pelas muralhas
adentro, arrasa a cidade e deporta toda a população. Zedequias tentou fugir mas
foi apanhado e os seus olhos foram-lhe arrancados antes de ser enviado para
Babilónia como prisioneiro.
Nabucodonosor II
Nabucodonosor II (Nabu-kudurri-usur, "Nabu, protege o meu primogénito!"), filho de Nabopolassar, foi o mais conhecido rei do império caldeu ou neo-babilónico. O seu pai aproveitou a morte de Assurbanipal, por volta de 628 a.C., para tomar o controlo de Babilónia e, aliando-se aos medos e persas, recriou o antigo império babilónico. Para reforçar a aliança medo-babilónica, Nabopolassar casou o seu filho com uma princesa da Média.
Nabopolassar terminou com três séculos de vassalagem dos babilónios para os assírios. O último século de domínio assírio teria sido especialmente humilhante para os babilónios, pois a sua cidade, Babilónia, fora repetidamente devastada por Senaqueribe e Assurbanipal no processo de conter as constantes rebeliões.
Nabucodonosor adoptou o nome de um antigo rei da Babilónia que reinara de 1125 a 1104 a.C., e que fora responsável pela instituição de Marduk como deus principal de Babilónia.
Nabopolassar terminou com três séculos de vassalagem dos babilónios para os assírios. O último século de domínio assírio teria sido especialmente humilhante para os babilónios, pois a sua cidade, Babilónia, fora repetidamente devastada por Senaqueribe e Assurbanipal no processo de conter as constantes rebeliões.
Nabucodonosor adoptou o nome de um antigo rei da Babilónia que reinara de 1125 a 1104 a.C., e que fora responsável pela instituição de Marduk como deus principal de Babilónia.
Ciro da Pérsia acaba com o império caldeu
O império caldeu ou neo-babilónico dura até 539 a.C., data
em que Ciro da Pérsia toma Babilónia para formar um império persa sob a
dinastia aqueménida.
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