terça-feira, 2 de junho de 2015

Assírios e Babilónios (Parte 5) - Império assírio




(continuação de "Assírios e Babilónios (parte 4) Israel é Vassalo")

Legenda:

-          reis de Judá;
-          reis de Israel;
-          reis da Síria.


Tiglath-Pileser III

Tiglath-Pileser III (Tukulti-Apil-Esharra, "confio no filho de Esharra/Ashur"), rei da Assíria, governou entre 745 e 727 a.C.. Foi um dos mais famosos comandantes da História antiga. As suas conquistas abrangeram a maior parte do mundo conhecido pelos antigos Assírios. As regiões conquistadas foram incorporadas no reino assírio, tornando-se províncias. Para prevenir rebeliões deportou grande parte das populações para outras áreas do império.

Foi responsável pela revitalização do reino assírio, tendo conquistado a Babilónia, a Síria e a Palestina. É considerado o fundador do império neoassírio.

A Assíria ocupa todo o médio-oriente

Por volta de 740 a.C., Tiglath Pileser III da Assíria ataca Israel e Menahém paga um tributo de mil talentos de prata (equivalente a 3.6 milhões de moedas de prata) para se manter no poder. O rei da Assíria, satisfeito com o tributo, retira-se (2 Reis 15).

Judá trai Israel

A Assíria continua a exigir pesados tributos anuais aos reis da região em troca de paz. Em 735 a.C. o rei Pecá de Israel e o rei Rezin da Síria conspiram para se libertarem do jugo assírio e convidam Judá a juntar-se numa coligação para resistirem ao império. O rei Acaz de Judá recusa juntar-se à coligação e, como retribuição, Pecá e Rezin atacam Jerusalém. De seguida Acaz pede ajuda à Assíria, pagando-lhe tributo. Em resposta, Tiglath Pileser arrasa com Damasco, deporta a população e mata o rei Rezin. Em Israel, Tiglath dá o reino a Oséias e elimina Pecá (2 Reis 16; Isaías 7).

Este episódio faz lembrar o episódio de Génesis sobre a traição de José pelos seus irmãos incluindo Judá. Em Génesis, José é descrito como o pai de Manassés e Efraim que seriam as tribos mais relevantes de Israel.

Israel é um reino fantoche da Assíria

Em 727 a.C., Shalmaneser V sucede o seu pai, Tiglath, no trono da Assíria e exige tributo a Oséias de Israel. Dois anos depois, Oseias alia-se a Osorkon IV do Egipto para resistir aos assírios. Shalmaneser responde arrasando com muitas cidades de Israel e deportando as populações (2 Reis 17).


Deportações em massa de Israel

Em 722 a.C. Sargão II toma o trono da Assíria ao seu irmão Shalmaneser. Continuando a política do seu irmão, cerca e destrói Samaria, procedendo à deportação da população e repovoamento com populações oriundas da mesopotâmia. Muitos israelitas refugiam-se em Judá, acelerando a fusão da cultura de Israel com a cultura de Judá.

Em Judá, Ezequias, filho de Acaz, rebela-se contra a Assíria em acordo com o general (futuro faraó) Taharqa do Egipto. Em resposta, Senaqueribe, filho de Sargão, cerca Jerusalém em 701 a.C.. Ezequias capitula e Senaqueribe deixa-o continuar a ser rei de Judá em troca de maiores tributos.


Os Assírios conquistam o Egipto

Esharhadon, por volta de 671 a.C., conquista Mênfis do Egipto para os assírios. O seu filho, Assurbanipal, destrói Tebas em 664 a.C..


Referências:


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