Barrabás
O evangelho de Marcos alega que Pilatos, governador romano da Judeia, tinha o costume de libertar um preso na Páscoa, por isso oferece a escolha aos judeus entre Barrabás, um agitador assassino, e Jesus Nazareno, um inofensivo pregador.
Vejamos a passagem:
Pilatos, perante a multidão, coloca Jesus lado a lado com um rebelde assassino chamado Barrabás. Um deles poderia ser libertado. Mas no fim os judeus acabam por escolher a soltar Barrabás e Pilatos concede.
O primeiro problema para uma interpretação literal desta passagem é que não existem provas de que Pilatos tivesse o costume de libertar um preso na Páscoa. Os evangelhos Lucas e João nem concordam que esse era um costume de Pilatos.
O segundo problema é que não seria nada provável um governador romano libertar um rebelde assassino. Muito menos Pilatos, que tinha a reputação de ser inflexível e cruel com rebeldes.
Marcos 15:6-15
Ora, no dia da festa costumava soltar-lhes um preso qualquer que eles pedissem.
E havia um chamado Barrabás, que, preso com outros amotinadores, tinha num motim cometido uma morte.
E a multidão, dando gritos, começou a pedir que fizesse como sempre lhes tinha feito.
E Pilatos lhes respondeu, dizendo: Quereis que vos solte o Rei dos judeus?
Porque ele bem sabia que, por inveja, os principais dos sacerdotes o tinham entregado. Mas os principais dos sacerdotes incitaram a multidão para que fosse solto antes Barrabás.
E Pilatos, respondendo, lhes disse outra vez: Que quereis, pois, que faça daquele a quem chamais Rei dos judeus? E eles tornaram a clamar: Crucifica-o. Mas Pilatos lhes disse: Mas que mal fez? E eles cada vez clamavam mais: Crucifica-o.
Então, Pilatos, querendo satisfazer a multidão, soltou-lhes Barrabás, e, açoitado Jesus, o entregou para que fosse crucificado.
Pilatos, perante a multidão, coloca Jesus lado a lado com um rebelde assassino chamado Barrabás. Um deles poderia ser libertado. Mas no fim os judeus acabam por escolher a soltar Barrabás e Pilatos concede.
O primeiro problema para uma interpretação literal desta passagem é que não existem provas de que Pilatos tivesse o costume de libertar um preso na Páscoa. Os evangelhos Lucas e João nem concordam que esse era um costume de Pilatos.
O segundo problema é que não seria nada provável um governador romano libertar um rebelde assassino. Muito menos Pilatos, que tinha a reputação de ser inflexível e cruel com rebeldes.
Yom Kippur
O Yom Kippur, também conhecido como o Dia da Expiação (ou do Perdão), é o dia mais sagrado do ano no judaísmo. Seus temas centrais são a expiação (redenção) e o arrependimento. Os seguidores da fé judaica tradicionalmente observam este dia sagrado com um período aproximado de 25 horas de jejum e oração intensiva (Levítico 23:27-32), muitas vezes passando a maior parte do dia em serviços religiosos.Levitico 16
... E da congregação dos filhos de Israel tomará dois bodes para expiação do pecado e um carneiro para holocausto.
... E Arão lançará sortes sobre os dois bodes: uma sorte por Yahveh e a outra sorte pelo bode emissário. Então, Arão fará chegar o bode sobre o qual cair a sorte por Yahveh e o oferecerá para expiação do pecado. Mas o bode sobre que cair a sorte para ser bode emissário apresentar-se-á vivo perante Yahveh, para fazer expiação com ele, para enviá-lo ao deserto como bode emissário.
...
Depois, degolará o bode da oferta pela expiação, que será para o povo ...
...
Havendo, pois, acabado de expiar o santuário, e a tenda da congregação, e o altar, então, fará chegar o bode vivo. E Arão porá ambas as mãos sobre a cabeça do bode vivo e sobre ele confessará todas as iniquidades dos filhos de Israel e todas as suas transgressões, segundo todos os seus pecados; e os porá sobre a cabeça do bode e enviá-lo-á ao deserto, pela mão de um homem designado para isso. Assim, aquele bode levará sobre si todas as iniquidades deles à terra solitária; e o homem enviará o bode ao deserto.
O livro do Levítico descreve que no Yom Kippur (Dia do Perdão), a população deveria entregar dois bodes ao sumo-sacerdote. Um dos bodes seria sacrificado, o outro seria liberto e levado vivo para longe.
O bode que ficaria vivo seria usado para "carregar" simbolicamente os pecados de toda a comunidade para longe. O outro bode seria sacrificado no altar.
Solução para a passagem sobre Barrabás
Em alguns textos fora do Novo Testamento e alguns manuscritos de Mateus, Barrabás é chamado de Jesus Barrabás, mas nos evangelhos canónicos ficou apenas o nome Barrabás. Ora, Barrabás em aramaico significa “Filho do Pai” (bar-Abbas) e o objectivo era escolher quem é que ficaria livre e quem é que seria morto:
- Jesus, Filho do Pai (bar-Abbas), ou
- Jesus, Filho do Homem, Rei dos Judeus.
Barrabás era o alter-ego de Jesus, ou seja, o Filho do Pai que ficaria livre e Jesus, o Filho do Homem, o Rei do Judeus, seria morto. Tal como os dois bodes referidos no Levítico: um seria libertado e outro seria sacrificado!
Referências:
- On the Historicity of Jesus - Richard Carrier
Sua análise é bastante abrangente.. fico bastante feliz em saber que existem pessoas que estudam a história sobre o ponto de vista de relatar fatos históricos. Muitos dos livros atualmente, são escritos sob a perspectiva dos autores, com o embasamento de suas convicções próprias, sejam elas educacionais ( pelo grau de instrução de cada um ), e principalmente sob a ótica religiosa ( e desta forma, contaminam os fatos históricos...isto mesmo, os fatos históricos ). Tenho feito alguns estudos sob a ótica de que realmente os romanos criaram toda uma religião ( a católica apostólica romana ), em forma de sátira com bases filosóficas do cinismo grego e estocismo grego e romano. O Novo Testamento, desta forma é uma literatura ( e não retrata fatos históricos ), em forma de sátira. Isto mesmo, a sátira romana, dos conquistadores após a primeira guerra romana judaica de 66 a 73. Joseph Atwill nos mostra isto, em seu livro " A conspiração romana para inventar Jesus ", que já consegui traduzir em parte para a lingua portuguessa. Temos também que a construção da teologia cristã, foi feita simplesmente para referendar dois deuses romanos ( isto mesmo, o Deus Pai Vespasiano e seu filho o Deus filho Titus Flávius, que teve um " ministério de 3 anos ", pois seu reinado como imperador foi de 79 a 81... Isto tudo feito pelo último representante da família Flaviana... Domiciniano...meu e-mail para contato... edufranciscoteixeira@bol.com.br, tel 22 998 5868. Sou advogado na cidade de Itaperuna, no Estado do Rio de Janeiro... Parabéns..." Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará ! "
ResponderExcluirObrigado pelo seu comentário e apreciação!
ExcluirSaudações!
Muito bom otimo , ainda nao sabia sobre isso como posso encontrar mas sobre esses assuntos ?
ResponderExcluirOlá Paulo, parabéns 👏👏👏👏 pelos estudos, tenho vários estudos seus guardado desse blog, gostaria de saber se você tem whatsapp, 81993494790.me chama lá por favor presiso falar com vc. Abraço sucesso.
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